Desconhecia os bosques de Montseny, os tons verde musgo, mas neles vi o sol da manhã tremer como uma música, como um espaço do coração que o tempo reservasse para meditar. Só os rios tinham uma voz azul, para ecoar nos confins do dia. A nossa presença ali parecia sacrílega, seres vestidos de solidão que vinham conhecer a terra, interrompendo o concerto das cigarras a cada uma das horas de calor. Olhava à volta e cheirava a terra húmida depois da chuva da noite, disperso o aroma entre as árvores antigas. Esconderia eu o mundo nos meus sentidos? Deixava para trás, ao passar, os abetos e os pinheiros, quando começava a iluminar-se a luz do estio. O tempo ainda não me detinha, e sentia nas minhas veias o retumbar de uma qualquer tempestade da juventude, um relâmpago na sombra do extenso arvoredo.
Tuesday, 5 May 2009
O caminhante
Parque Natural de Montseny, Catalunya, Maio de 2009. Fotografia de V.B.
Desconhecia os bosques de Montseny, os tons verde musgo, mas neles vi o sol da manhã tremer como uma música, como um espaço do coração que o tempo reservasse para meditar. Só os rios tinham uma voz azul, para ecoar nos confins do dia. A nossa presença ali parecia sacrílega, seres vestidos de solidão que vinham conhecer a terra, interrompendo o concerto das cigarras a cada uma das horas de calor. Olhava à volta e cheirava a terra húmida depois da chuva da noite, disperso o aroma entre as árvores antigas. Esconderia eu o mundo nos meus sentidos? Deixava para trás, ao passar, os abetos e os pinheiros, quando começava a iluminar-se a luz do estio. O tempo ainda não me detinha, e sentia nas minhas veias o retumbar de uma qualquer tempestade da juventude, um relâmpago na sombra do extenso arvoredo.
Desconhecia os bosques de Montseny, os tons verde musgo, mas neles vi o sol da manhã tremer como uma música, como um espaço do coração que o tempo reservasse para meditar. Só os rios tinham uma voz azul, para ecoar nos confins do dia. A nossa presença ali parecia sacrílega, seres vestidos de solidão que vinham conhecer a terra, interrompendo o concerto das cigarras a cada uma das horas de calor. Olhava à volta e cheirava a terra húmida depois da chuva da noite, disperso o aroma entre as árvores antigas. Esconderia eu o mundo nos meus sentidos? Deixava para trás, ao passar, os abetos e os pinheiros, quando começava a iluminar-se a luz do estio. O tempo ainda não me detinha, e sentia nas minhas veias o retumbar de uma qualquer tempestade da juventude, um relâmpago na sombra do extenso arvoredo.
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5 comments:
A natureza revivifica.
Quase que o identificava como o Parque Natural do Gerês! :)
É parecido, sim. :)
Viste 'o sol da manhã tremer como uma música .... um espaço no coração...'
Que lindo!!!
:)
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