Friday 27 November 2009

Da lembrança


El Rastro, Madrid. Abril de 2002. Fotografia de K.



Nunca sabemos o que vamos encontrar no virar de cada esquina. Uma voz conhecida, um aroma familiar, um rosto inesperado. Ontem ao fim da tarde recebi uma chamada de um número que não conhecia. Atendi só porque não estava demasiado ocupado e a surpresa deve ter-se desenhado na minha cara de uma maneira surpreendente. Nunca estou preparado para estas situações, nem esperava ouvir a voz que me chamou. A voz de um amor antigo, a voz da felicidade das calles de Madrid, a voz da esperança no futuro que nos aguardava em algum sítio. Madrid. Madrid… E ali estava aquela voz, a invadir o meu escritório de Barcelona, a dizer-me coisas que me perguntei a mim mesmo tantas vezes. Quando desliguei pensei bastante, recordei. A saudade é azul meia-noite. É só um nome, uma imagem na memória e um vazio no coração. Bea. Beatriz. Se alguém se tivesse aproximado e me tivesse tocado nesse momento, ter-me-ia desfeito em pedaços.

6 comments:

pikinina said...

como te entendo :)

K. said...

Sinceramente, espero que nao entendas.

Rute Coelho said...

Nunca se sabe da dor que nos tranca por dentro. Nunca se sabe do outro ao nosso lado que sorri e por dentro é só pó e lágrima. porque há memórias e saudades que voltam sempre.

Gostei de te ler. Como sempre.

alien aboard said...

claro k a pikinina n entende do teu vazio, nem da tua ausência, entende lá das das suas dores, ou se calhar nem dixo lol, pk como dixe a Maria da Lua "nunca se sabe da dor k nos tranca por dentro", talvez pk nem se devesse tranca-la em 1º lugar...Todos sofremos, todos amamos mas o k fazemos c/ ixo...bem ixo é o k nos diferencia uns dos outros n é?...e alguma vez aprenderemos a amar?...

Esta alienada gosta de te ler :)

pikinina said...

cala-te lá oh ET de meia tigela lol mania k tens d emitir as tuas sentenças em blogs alheios :P

K. said...

Só queria dizer que sem entendê-lo se vive também muito bem... :)