Barcelona, Dezembro de 2009. Fotografia de K.
São profundas as linhas azuis do céu outonal. Ainda há folhas nas árvores e o frio que finalmente chegou é esbatido pelo calor do sol do meio dia. As verdades passeiam nas ruas em dias assim, deixam as suas palavras de vento suspensas no ar para quem as quiser entender. “Eh, tu, não penses mais nisso. Continua o teu caminho, não voltarás nunca atrás”. O meu pensamento deixa-se levar pela brisa, deixa-se levar pela beleza do dia. “Não esperes nunca, nada vai alguma vez esperar por ti”. É hora do almoço e em breve terei que pegar na bicicleta e voltar ao escritório. Antecipo o gozo da brisa fria de Dezembro, a descer rapidamente a interminável Diagonal. Sim, penso, não há nada que não tenha solução, se não me obcecar com a resposta. São profundas as linhas azuis do céu, no final das avenidas reina um sonho com som de mar e o sol aquece mais do que eu esperava. Monto na bicicleta, viro em direcção à praia e deixo-me levar.
1 comment:
Boa! Assim é que devia ser!
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